Voltava sempre a conversar com galhos secos na esperança que o dia pudesse permanecer intacto; nada que trouxesse a esperança de uma bandeira gloriosa, faiscante, hasteada a um palmo do nariz. Às vezes, era possível realizar-se assim, em um pequeno almoço entediante, sentada à mesa entre árvores estéreis. Mas, tudo não passava de vigília, uma noite mal dormida que se fazia cotidiana. Nada era capaz de equivaler-se ao desejo de imergir em águas turvas que gerassem caos. Mantinha-se embriagada pelo tédio que atravessa essa floresta noturna e descansável, enquanto esperava por tempestades tortuosas no escuro. O onírico é sempre uma forma de pedir socorro.
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