precisamos cuidar da nossa própria vida; este é o lema, de fato. o ser humano se individualizou tanto que, por certo, sempre tem mais com o que se preocupar quando o limite é o muro ou a parede que separa a vizinhança. pressa, estresse, angústia.
acenamos positivamente para a importância desse eu mimado e consumista; chegamos a nos vangloriar de uma sociedade que nos "permite sermos nós mesmos". na contradição, nos mantemos parte das hordas humanas que têm a força de trabalho como único meio de sobrevivência. nenhuma ilusão consumista pode ser acessada sem crédito.
no fim das contas, ainda somos quem proleta (reproduzindo mão de obra excedente para o sistema e trabalhando para sustentá-la, porque a célula familiar é o que importa). acreditamos mais nas diferenças entre nós do que nas semelhanças. não fomos capazes de fazer nada por nós mesmos e nem por ninguém. parece, talvez, diante de toda essa euforia positiva do eu, que compomos um conjunto disforme caminhando para o seu fim.
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