Produtividade é a regra na sociedade do lucro e do consumo. Essa lógica nos torna reféns de um modo de viver baseado em produzir resultados, muitas vezes, inatingíveis.
Assimilamos uma dinâmica de (auto)cobrança contínua, seja no trabalho, na vida pessoal ou nos estudos. Sempre haverá um prazo ou uma demanda extra, um texto necessário para ser lido ou redigido agora.
Mas, será mesmo que toda essa pressão nos convém?
Acredito que as "obrigações" são imponderáveis se nós mesmas não as ponderarmos. O ato de criar requer de nós um certo tempo para sublimar, expandir nossas ideias. Ninguém é uma máquina produtiva e quando nos colocamos nessa posição, uma hora ou outra, o corpo e a mente pedem socorro.
Mesmo pessoas inquietas, malabaristas de multifunções, cedo ou tarde percebem que não é possível manter o ritmo acelerado. Essa busca insana pelo desempenho produtivo nos desconecta de nossa própria humanidade.
Pense em dar um tempo para a cabeça, subverta a ordem das coisas!
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