Ontem assisti um vídeo da Larissa Capito muito interessante.
Ela contava sobre o seu dia a dia: as jornadas como professora e mentora, o cotidiano da vida doméstica e as tensões que vivemos ao longo da pandemia. Mais importante que isso, fez uma reflexão muito generosa consigo mesma e com seu público.
Ao falar o porquê da sua ausência nas redes sociais, trouxe para a discussão os limites da produção de conteúdo, considerando todas as horas dedicadas às multitarefas, que não são somente as laborais, mas também de cuidado consigo e com as pessoas com quem divide a vida.
O depoimento da Larissa me fez refletir sobre esse acúmulo de funções que a sociedade nos impõe. Além da vida privada, em que nos desdobramos para atender muitas demandas (do supermercado às questões existenciais), a vida produtiva das mulheres no mercado de trabalho é muito exigente.
De um lado, o emprego formal garante mais direitos, mas pode ser uma fonte de muita dor de cabeça, roubar seu tempo e etc. Por outro, a vida de quem empreende sozinha nos força a uma jornada de trabalho exaustiva, em que a gente se desdobra em multifunções para ser remunerada apenas por uma delas.
Encontrar a medida certa, de não trabalhar demais sem perceber, acreditando que tudo vai bem, não é algo simples. Requer momentos de pausa e de reavaliar continuamente nossas prioridades. Entres elas, essa coisa de garantir presença nas redes sociais. Eu ando mais slow nesse quesito.
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