cuspo na tua taça
como sinal de fraqueza
diante do que não se pode conter
a bebida destilada sufocando
a memória de uns dias
em que sequer
um de nós amanheceu
quem é capaz de lembrar
ou quem tem o direito de esquecer?
a poesia a estrofe o verso
um descuido e a fantasia
se petrifica na realidade
a ideia de que sobra vida
onde há cheiro de morte
o revólver a bala atira contra o peito
a (des)culpa como via
para ocultar os próprios desejos
a crença infalível sobre si
e sobre tudo
afinal como é possível conter
a força daquilo que se desconhece?
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