Aflorar-se em girassóis na virtude do dia, e deixar-se ir como a poeira cintilante iluminada pelo sol da manhã. Um lar pantanoso ou jardim, leito caudaloso em que o corpo se entrega sem pena de si. Assumir-se como fenda por onde brota o desejo, a inveja e a flor. Deixar-se ver à luz de toda a ausência, crua como a falta daquilo que se desconhece. Entregar-se à simplicidade e ao original e, enfim, aceitar-se como um ente que sabe apenas que chora e ri. Ser não mais que um sopro de vida que dança na sutura do tempo. Completar-se no que está por vir.
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