o mundo está cheio de desesperança

duvidar de si ou se autoelogiar numa rede

dividem a mesma mentalidade do tempo:

um eu sem memória flutua

ante uma pílula do dia seguinte 

 

há carroceiros da morte

que empilham corpos em selvas urbanas

e em florestas tropicais

tudo é lixo cósmico, no fim das contas

no fim da vida, tudo é a mesma coisa

 

são entranhas invisíveis

de onde se vê brotar

um oceano lamurioso

repetindo mantras de grifes até as dez da noite

 

arde os olhos como luzes de natal


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