quando tudo flutua,

parece bom mas dá angústia.

é a hora, enfim, de aceitar

ser só esse corpo

que flutua e que geme.

é como esquecer de existir: 

ser só pele, músculo, nervo e osso, 

em queda livre,

bem perto de deixar de ser alguma coisa.

 

o abismo na beira é quando tudo flutua.

parece angustiante, mas é bom.


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