o tempo é de altos e baixos. tão inconstante quanto correr uma semana sim e duas não. na próxima corrida, é comum que falte ar nos pulmões. o momento é de náusea e ansiedade enquanto os livros caem das estantes. trafegam para o esquecimento deixando restos empoeirados. eram alguma coisa total articulada na incompletude. agora são fragmentos delimitando qualquer desejo que se diga inteiro. a boca cospe tédio o dia todo enquanto o nariz espirra vontade de dormir. palpitação, cansaço e uma cabeça que não para. as paredes vertendo ilusões enfumaçadas, enquanto bolhas opacas dançam entre o olho e o frame, como se fossem lágrimas de olhares ressacados. desafiar qualquer coisa que nos seja estranha é a melhor forma de voltar para o que sempre esteve ali à procura de um consolo. a novidade é mesmo uma miragem no deserto.


Comments fornecido por CComment