a poesia é uma chance

de contar com algo

que sempre esteve ali 

mas não se podia enxergar;

uma bola que reluz

sob um céu escuro

à margem de uma massa de água navegável.

 

a poesia é uma gargalhada

que se motiva num infinito tangenciável,

um caminhar ausente entre as luzes da cidade

enquanto um tanto de gente eufórica

se aglomera pelas avenidas.

um ritmo

um doce

uma possível mirada

para o que ainda é possível querer.

 

a poesia é contingente de palavras

amenas quando explode a guerra;

é o que se tem a dizer sem necessidade de explicar.


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