Caminhante sobre o mar de névoa, Caspar David Friedrich (1818).

era a primeira madrugada do inverno e a noite parecia uma flâmula de fumaça sobrepondo as embarcações.

sozinho na enseada, exausto, colecionava silêncios entre os dentes. encolhido nas frestas do caminho, dormiu sem esquecer.

sonhou com o entardecer em alto mar. as novas descobertas e a promessa de voltar para a casa. nada o podia deter. 

o céu agora era uma esteira de luzes apontando para uma nova rota: desconhecida e inavegável.

mas, a ventania não o deixava dormir, vestia os seus ombros. o destino indo embora - solto à própria sorte. o caminho sem volta para dentro de si mesmo.


Comentários (0)

    Attach images by dragging & dropping or by selecting them.
    The maximum file size for uploads is MB. Only files are allowed.
     
    The maximum number of 3 allowed files to upload has been reached. If you want to upload more files you have to delete one of the existing uploaded files first.
    The maximum number of 3 allowed files to upload has been reached. If you want to upload more files you have to delete one of the existing uploaded files first.
    Postando como

    Comments fornecido por CComment