sou calango neo-pós-moderno

caminhante da desilusão

um cascalho solitário

transeunte na imensidão

componho minha renda

desejo minha própria dor

ausente de companhias

só prego auto-amor

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trança no rabo do cavalo

mandinga de senhoras invisíveis

lavadeiras de fonte

voadeiras de vassoura

fiandeiras de trama e de renda

dispensam mapas

gargalham no silêncio da noite

perambulam pelos costões

maculam os sambaquis

sobrevoam a ilhota

a garganta e o milharal

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a rebeldia da insônia que ultrapassa o amanhecer

relatada na profundidade da olheira 

o tédio da noite passada

gosto de ver o sol nascer

com os olhos acelerados

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te poemo no vento que sopra do leste

maral que varre a praia

emplastra pele, poros, corpos

areia e maresia

te poemo sob tempestade

suportando o ímpeto 

de nunca encontrar descanso

te poemo entre brisa, bruma, tempo

revolvendo a terra, resgatando 

nauta, náufrago, movimento

 

te poemo.

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